REFLEXÕES

A NOIVA ATRAPALHADA

Olá queridos(as) do Senhor e meus também.
Nesses últimos dias tenho refletido bastante no carater profético da igreja de Jesus. Como tenho me surpreendido com cada descoberta feita.
É claro que, quando olhamos para a igreja física (instituíção), nos bate um pouquinho de decepção por descobrirmos que estamos muito longe do padrão desse carater profético. Mas vamos lá! A jornada é longa, mas vamos atravessar o Jordão.
Descobrir essa verdade não pode ser suficientemente forte para nos fazer desistir dessa carreira, mas é urgente que tenhamos o entendimento correto das expectativas de Deus a respeito da nossa missão diante desta geração.
A igreja é expressa na Bíblia de várias formas: Corpo de Cristo, Nação Santa, Povo exclusivo, etc.......e minha reflexão hoje baseia-se apenas na que confere a Igreja de Cristo o título de Sua Noiva.
Primeiramente quero deixar muito bem claro que eu creio nesta verdade: nós, como igreja, somos a Noiva de Cristo.
Quero usar como base para essa reflexão a Parábola das Dez Virgens que encontramos em Mt.25:1-12:

“ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: SENHOR, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.”

Observe que aqui as virgens (todas elas) representam a Igreja. Há quem creia e afirme, como já ouvi algumas vezes, que existem igrejas que não entrarão no céu. Oh! Glória. Ainda bem. Pois nenhuma denominação realmente pode entar no Reino de Deus posto que Jesus não é Senhor de nenhuma denominação e não entregou a Sua vida por denominação alguma.
Outros dizem que as cinco virgens prudentes são os verdadeiros crentes, fogo puro, do reteté, que pega o Diabo pelo “rabo” e faz dele gato-e-sapato, etc, etc, etc. E que as outras cinco atrapalhadas virgens representam “os crentes” que não andam lá muito corretamente diante de Deus. Bom, nada contra os irmãos do fogo, do reteté e muito menos com os que acreditam estarem em dívida com Deus.......mas essa definição acho muito pequena para a grandiosidade do ensino que está diante de nós através desta parábola.
Venha comigo e pensemos um pouco. As Dez Virgens representam a igreja, não essa ou aquela denominação. As cinco prudentes não representam os crentes politicamente corretos, enquanto que as outras cinco atrapalhadas os crentes raimundo. Não! As dez virgens representam a Igreja de Cristo santa, pura, gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.. Ef.5:26-27. Perfeita e ataviada para receber o noivo.
Porque se levarmos a sério estas interpretações, me perdoem, “Ai de nós!”. Quem em sã consciência é capaz de acreditar ser possível alcançar esse padrão de perfeição, descrito na palavra de Deus por intermédio de Paulo, habitando num corpo tão imperfeito e tão corrúpto como o nosso? Como acreditar ser possível chegar a esse nível de santidade quando eu sei que dentro em mim, ou seja na minha natureza carnal, não habita bem algum? Rm.7:18.
Então, eu preciso voltar outra vez ao texto de Efésios pra não enfartar e morrer antes da hora. O que o texto diz? O texto diz que “Cristo a si mesmo se entregou por ela (Igreja).....para apresentá-la a si mesmo como...... “. Ef.5:25, 27. Então, o trabalho de preparar a Noiva para Ele não é meu. É dEle. A obrigação de apresentar a Noiva ao Noivo não é minha. É dEle. Eu sou apenas a Noiva. E como Noiva eu preciso entender que devo estar pronta quando Ele voltar. Se Ele voltar antes das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, eu estou pronta. Se Ele voltar hoje, eu estou pronta. É simples assim. Não posso ocupar ou tomar o lugar que não me pertence.
A parábola das Dez Virgens me leva ao entendimento a respeito do meu posicionamento, aqui na terra, nesta geração, até que Ele, o Noivo, venha me buscar como a Sua Noiva. Porque quando o Noivo chegou todas estavam dormindo, mas cinco delas estavam prontas; mesmo dormindo estavam prontas. Ao passo que as outras cinco ainda tinham que providenciar alguma coisa. Daí eu acreditar que, enquanto Ele não vem me buscar, eu vou caminhando e evangelizando, anunciando, pregando, curando, libertando, socorrendo, cuidando, compartilhando, ajudando, orando, abraçando, cantando, tocando, dançando, profetizando, ensinando, pastoreando, comendo, dormindo, bocejando, espreguiçando, viajando, voando, praiando, cinemando, teatrando, shoppingando, sorvetando, pipocando, beijando, comprando, usando, presenteando, cultuando, namorando, noivando, casando, estudando, formando, doutorando, mestrando, trabalhando, criando, chorando, alegrando, torcendo (por um time de primeira tá!), impactando............Ufa! Por que? Porque meu coração está convicto de que quando Ele vier, e Ele pode vir quando quiser, eu estou pronto.
É isso que me faz descansar, com responsabilidade, em Deus.
Não descansar nesta verdade é ter sempre a sensação de que Ele pode chegar de repente, a qualquer momento, e “me encontrar com as calças nas mãos”. JESUS ME CHICOTEIA!

Tenham todos um bom dia e uma semana absurdamente abençoada.

Em Cristo,
Pr. Anibal Borborema